terça-feira, 28 de dezembro de 2010 | By: O paraiso é logo aqui, o inferno também.

És presença.

E, mesmo quando és ausência, és muito mais do que saudade. És vontade de ver de novo, de ver mais, de ver mais de perto, ver melhor. E tocar, de modo que, cada toque, eu tenha um pouco mais de ti em mim, para que não haja mais ausência. Te encontrar virou apenas uma questão de fechar os olhos.
Tenho confundido 'eu' com 'nós'. Mas essa confusão só me acontece porque eu tenho certeza de tudo que eu sinto. E o que eu sinto é o tal do amor. Aquele surrado, mal-falado, desacreditado e raro amor, que eu achava que não existia mais. Pois existe. E arrebata, atropela, derruba, o violento surto de felicidade causado pelo simples vislumbre do teu rosto.

O passado é insignificante, ele é o espelho da nossa história e conta muito sobre o que somos. Mas o que eu sou depende muito mais do que eu estou fazendo agora do que das coisas que eu fiz.

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